Exportar produtos é o meio de captar novos clientes, vender o estoque excedente, receber rapidamente em moeda estrangeira e finalmente depender menos das oscilações econômicas do mercado nacional.
Segue um passo a passo resumido com tudo o que você precisa para começar a exportar:
1. Juntar a documentação
Embora seja uma lista relativamente extensa, se seu negócio estiver devidamente regularizado e sem pendências fiscais, não haverá dificuldade para obter a documentação e se registrar como empresa exportadora.
Devem ser providenciados documentos da própria empresa e das mercadorias que serão comercializadas.
Para a empresa, a documentação é a seguinte:
- cadastro no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da SECEX/MDIC;
- carta de crédito que registre intenção de compra por parte do importador;
- contrato e letra de câmbio, que equivale à permissão para trocar moedas estrangeiras e como representativo do título de crédito;
- modelo de fatura pró-forma, na qual estarão especificados dados de um produto;
- documentos do contrato de exportação.
Dependendo do tipo de mercadoria, serão necessários procedimentos e documentos específicos — alguns com sistemas de uso obrigatório, conforme detalhamos no tópico a seguir.
2. Fazer o cadastro no RADAR/Siscomex
Uma vez que sua empresa esteja regularizada perante o fisco, a Sefaz do seu estado e a Junta Comercial (Jucerja), é necessário fazer o cadastro como exportadora no Registro de Habilitação no Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR).
3. Elaborar uma estratégia
Cumpridas as formalidades, é fundamental que o seu negócio esteja amparado por uma estratégia sólida. Para isso, o mais importante é cercar-se de muita informação relevante sobre o mercado no qual pretende atuar.
Nesse sentido, sua empresa deverá estar preparada para atender às exigências da legislação do país estrangeiro e seus produtos deverão estar de acordo com as preferências locais.
Conhecer os custos com logística e montar um planejamento financeiro para dar conta das operações também faz parte de uma estratégia bem-sucedida. Uma forma de facilitar esse processo é ter contato direto com agentes e fornecedores no país de destino. Eles poderão apontar “atalhos” que, do Brasil, você certamente não teria como conhecer.
4. Conhecer os Incoterms
Quem atua no comércio exterior precisa conhecer os padrões operacionais em portos e aeroportos, relacionados ao desembaraço aduaneiro e à capatazia. Trata-se do conjunto de procedimentos conhecidos como Incoterms. Um exemplo de Incoterm é o termo Free On Board (FOB), usado para designar a entrega de uma mercadoria no porto de destino.
5. Obter as certificações para exportar produtos
Se no Brasil temos órgãos para monitorar e normatizar os processos de fabricação e de qualidade, no exterior não é diferente. Para quem pretende exportar alimentos, essa é uma questão sensível, uma vez que produtos fora das especificações locais podem até mesmo ficar retidos no porto.
6. Explorar incentivos fiscais
Você já ouviu falar do drawback? Exportadores que utilizam insumos vindos do exterior para produzir suas mercadorias podem se beneficiar dessa forma de incentivo fiscal. Insumos comprados e enquadrados em drawback contam com isenção de tributos aduaneiros e impostos como IPI e ICMS, o que representa uma significativa redução dos custos ao exportar produtos, não importando o país ou o continente.